31 de março de 2016

E o Verbo de Deus se fez Carne



            “Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma Virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
            O anjo lhe disse: ‘Alegra-Te, cheia de graça, o Senhor está contigo!'
            Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim.
            Maria perguntou ao anjo: ‘Como acontecerá isso, se Eu não conheço homem algum?
            O anjo respondeu: ‘O Espírito virá sobre Ti, e o poder do Altíssimo Te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus.
            Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em Mim segundo a tua palavra!"
            E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós.

           (Devido à Semana Santa, a festa da Anunciação foi transferida do dia 25 para o dia 4)
SAIBA MAIS: Acesse AQUI

27 de março de 2016

Cristo ressuscitou verdadeiramente!



           O Corpo de Jesus acabava de ser posto no sepulcro. Tudo parecia concluído.
           O profeta de Nazaré morrera na cruz, como um vil escravo. Os apóstolos, aterrorizados, tinham desaparecido; algumas mulheres, depois de o terem seguido até ao Sepulcro, voltavam para suas pousadas, derramando lágrimas.
           Dir-se-ia que os príncipes dos sacerdotes e os fariseus triunfavam incontestavelmente; e contudo, coisa estranha! pareciam temer ainda aquele personagem prodigioso, que tantas vezes os tinha espantado com o seu poder.
           Aquelas trevas que envolveram a cidade durante a sua agonia, aquele tremor de terra no momento da sua morte, aquele véu do Santo-dos-Santos rasgado miraculosamente, afiguravam-se a todos, como presságios sinistros.

           E o que mais que tudo os inquietava é que o Crucificado tinha anunciado que ressuscitaria três dias depois da sua morte.
           Ao predizer a sua morte, e a sua morte na cruz, Jesus ajuntava que ressuscitaria ao terceiro dia. “Destruí este templo, dizia ele aos Judeus, falando do templo do seu corpo, e eu o reconstruirei em três dias.”
           Em tal assombro os lançaram estes temores que sem se importar com o descanso sabático, foram imediatamente ter com Pilatos. “Senhor, disseram-lhe eles, lembramo-nos que aquele impostor, quando ainda vivia, anunciou que ressuscitaria ao terceiro dia depois da sua morte. Fazei-nos pois o favor de mandar guardar o seu sepulcro até ao fim do terceiro dia, para que não venham os seus discípulos tirar o cadáver e dizerem depois ao povo que ele ressuscitou dentre os mortos. Pois este segundo erro ainda seria mais perigoso que o primeiro.”
            Pilatos execrava aqueles homens, sobretudo depois que eles lhe extorquiram uma sentença que a sua consciência lhe exprobrava como um crime. Por isso respondeu-lhes com desprezo: “Tendes a vossa guarda: ide lá, e mandai guardar esse sepulcro, como bem vos parecer.”
            Os príncipes dos sacerdotes e os chefes do povo foram ao jazigo onde repousava o corpo do Crucificado. Selaram a pedra que defendia a entrada, e colocaram soldados à volta do monumento a fim de impedir que alguém se aproximasse.
             E, feito isto, retiraram-se plenamente seguros: parecia-lhes impossível que um morto tão bem preso e tão bem guardado lhes pudesse escapar. De três em três horas, novas sentinelas iam render as que tinham acabado o seu quarto de guarda.
             O Filho de Deus esperava, na paz e silêncio do sepulcro, o momento fixado pelos decretos eternos.
            Ao romper da aurora do terceiro dia, a sua alma, voltando do limbo, reuniu-se ao corpo e, sem nenhum movimento na colina, o Cristo glorificado saiu do sepulcro. E os guardas nem sequer perceberam que estavam vigiando um sepulcro vazio.
              Mas eis que, momentos depois, começa a terra a tremer violentamente, e um anjo desce do Céu, à vista dos soldados aturdidos, rola a pedra que fechava a entrada da gruta e senta-se sobre aquela pedra como um triunfador no seu trono. O seu rosto brilha como o relâmpago, o seu vestido alveja como a neve, os olhos despedem chamas e fixam os guardas que para ali caem com o rosto no pó, quase mortos de pasmo. Era o anjo da ressurreição que descia do Céu para anunciar a todos que Jesus, o grande Rei, o vencedor da morte e do inferno, acabava de sair do sepulcro.
              O Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia!

 Fonte: Jesus Cristo, sua vida, sua paixão, seu triunfo
 Pe. Berthe, da Congregação do Ssmo. Redentor - pgs 408-9


SAIBA MAIS:
http://www.arautos.org/especial/58009/A-Luz-venceu-as-trevas-.html

26 de março de 2016

Sábado Santo: Jesus descido da Cruz e posto no Sepulcro



V/. Nós vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Leitura:
                         No lugar em que Ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo. Depois (José de Arimateia) rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora. Maria Madalena e outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo (Jo 19, 41-42; Mt 27, 60-61).


Meditação:
               Maria deu a luz um único Filho. Seu claustro materno não foi habitado por mais ninguém, a não ser Jesus. Assim também o Santo Sepulcro. O tempo avançava, eram demoradas as diligências para obterem a permissão de Pilatos, descer da Cruz o Corpo sagrado do Senhor não era operação rápida, todas as circunstâncias favoreceram a escolha de um túmulo nas proximidades. Sepulcro virgem, pois nem antes, nem depois, algum outro nele fora sepultado.
               “Mais uma vez os acontecimentos são conduzidos pela Sabedoria de Deus. Evitou-se assim qualquer sombra de dúvida sobre a Ressurreição. Foi Jesus que ressuscitou e não o cadáver de qualquer outra pessoa. E dada a proximidade do Sepulcro, tornou-se mais fácil comprovar, tanto  pelos discípulos quanto pelos soldados romanos postos ali pelos fariseus, a falsidade da suposição do roubo de Seu Corpo.
               “O Salvador foi depositado num túmulo que não era o Seu, dando assim a conhecer que morria pela salvação dos outros; por que haveria de ser colocado num sepulcro próprio Quem não havia morrido por Si? Por que haveria de ter túmulo na terra Aquele cujo trono permanecia no Céu? Por que haveria de ter sepultura própria Quem não esteve no sepulcro mais do que três dias, não como morto, mas como que descansando num leito? O sepulcro é a habitação da morte; não era necessário, portanto, que Cristo, que era a vida, tivesse habitação de morte; nem necessitava habitação de defunto Quem nunca morre” (Santo Agostinho).
               “Depois que o Corpo do Senhor foi sepultado (os outros foram para casa) unicamente continuaram ali as mulheres, que mais O haviam amado...” (São Remígio).
               “As mulheres perseveraram em seu dever, esperando o que Jesus havia prometido; por esta razão mereceram ser as primeiras que viram a Ressurreição, porque ‘quem persevera até o fim, se salvará’” (São Jerônimo).
               Felizes as Santas Mulheres! Mais felizes ainda somos nós, pois temos a Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Eucaristia. Nela nós O adoramos, não com “uma grande lápide” de permeio, mas tão somente através dos véus das Sagradas Espécies e da custódia.

                                                     Oração:
               Ó meu Jesus morto e sepultado, aqui me encontro eu, em companhia das Santas Mulheres para Vos adorar. Com elas Vos peço a graça de jamais me separar de Vós e, permanecendo assim unido habitualmente a Vós por um dom sobrenatural, possa com São Paulo afirmar: “já não sou eu que vivo, é Cristo Jesus que vive em mim” (Gal 2, 20).
               Sim, Vós sois morto e colocado num túmulo para que eu tenha vida e de maneira superabundante. Que a vida neste transe, afastada de Vós, penetre no mais fundo de minha alma, a ponto de participar do Vosso próprio poder: “Tudo posso n'Aquele que me conforta” (Fl 4,13).
               A Vós, ó Virgem, recorro a fim de que me obtenhais de Jesus sepultado, a confirmação na graça de Deus para, um dia, seguindo os Vossos caminhos e os d'Ele, possa eu ressuscitar para a glória.


 (Parte da Via Sacra, de autoria de Mons. João Clá Dias)

25 de março de 2016

Via Sacra: reze agora



Acesse Aqui

Sexta Feira Santa: A Morte de Cristo descrita por um cirurgião


            
               Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo.  Posso portanto escrever sem presunção a respeito de uma Morte como aquela.
               Jesus entrou em agonia no Getsemani e Seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico.
               O suar sangue, ou hematidrose, é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.
               O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-Se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
              Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e  o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus.
 Os soldados despojam Jesus e O prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de Sangue. A pele se dilacera e se rompe; o Sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio Lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios Lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de Sangue.
               Depois, o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a Cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
               Pilatos, depois de ter mostrado aquele Homem dilacerado à multidão feroz, O entrega para ser crucificado.
               Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados O puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando Ele cai por terra, a viga escapa-lhe, escorrega, e esfola-Lhe o dorso.
               Sobre o Calvário tem início a Crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a Sua túnica está colada nas Chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, dilaceram-se as
terminações nervosas postas em descoberto pelas Chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim.
               O Sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as Suas Chagas incrustam-se de pedregulhos. Depositam-No sobre o braço horizontal da Cruz. os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (longo, pontudo e quadrado), apóiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira.
               Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na Cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
               O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-O primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-O tombar para trás, O encostam na estaca vertical. Depois, rapidamente encaixam o braço horizontal da Cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da Vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera.
               As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa O impede de apoiar-Se na madeira. Cada vez que o Mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés.
             Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu Corpo é uma máscara de Sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, queima-Lhe, mas Ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado estende-Lhe sobre a ponta de uma vara uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.
               Um estranho fenômeno se produz no Corpo de Jesus. Os músculos dos braços enrijecem-se em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos curvam-se. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen enrijecem-se em ondas imóveis. Em seguida, aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. a respiração se faz pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, Seu rosto pálido pouco a pouco torna-se vermelho, depois transforma-se num violeta purpúreo e enfim em cianótico [cinza-azulado]. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.
               Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-Se a pequenos golpes, Se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”.
               Logo em seguida o Corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.
               Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na Cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-Se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável!
               Atraídas pelo Sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las.
               Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas.
               Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos arrancam-Lhe um lamento: “Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?”
               Jesus grita: “Tudo está consumado!”
               Em seguida num grande brado diz: “Pai, em Vossas mãos entrego o Meu espírito.”
               E morre.
               Em meu lugar ... e no seu.

Fonte: Relato das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Pierre
Barbet, cirurgião do hospital São José de Paris nas décadas de 20 e 30 do século passado, dando
a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a Sua Paixão.

24 de março de 2016

O famoso milagre eucarístico de Lanciano



                        Na cidade italiana de Lanciano, no ano de 750, um monge da ordem de S. Basílio sente-se assaltado por terrível tentação contra a fé: estaria Jesus Cristo realmente presente na Eucaristia?
                       Apesar de suplicar a Deus que reavivasse sua Fé, esse tormento o perseguia; sobretudo na hora da Missa, era quando a tentação se tornava mais intensa.
                       Aconteceu que, em certa manhã, celebrando a Santa Missa sentia mais do que nunca seu coração mergulhado na escuridão da dúvida; após proferir as palavras da Consagração, ele viu com
admiração a hóstia branca transformar-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo que se coagulou e dividiu-se em cinco fragmentos.
                      Diante de tão espantoso milagre, sentiu-se muito assustado de início, depois cheio de alegria, o monge permaneceu como em êxtase e em seguida, derramando lágrimas de gratidão, voltou-se para os fíéis e exclamou: "Bendito seja Deus que, para destruir minha incredulidade, quis manifestar-Se neste Santíssimo Sacramento e tornar-Se visível a nossos olhos! Vinde, irmãos e contemplai! Eis a Carne e o Sangue de nosso amantíssimo Salvador!" Ao constatar o milagre, todos se ajoelharam cheios de respeito e adoração, clamando por perdão e misericórdia.
                      A notícia espalhou-se por toda a cidade e pelos povoados vizinhos.
                      Em pouco tempo, Lanciano tornou-se o lugar onde muitos incrédulos renasciam para a Fé e cristãos relaxados se afervoravam na devoção à Sagrada Eucaristia.

A comprovação científica
                      Mediante um milagre tão extraordinário, quiseram em nossos dias, verificar a sua autenticidade. Em 18 de novembro de 1970, os Frades Menores Conventuais que têm a seu cuidado a igreja do Milagre decidiram, com a autorização de Roma, confiar a um grupo de perítos a análise científica daquelas relíquias, datadas de doze séculos atrás.
                     As pesquisas foram feitas em laboratório, com estrito rigor, pelos professores Linoli e Bertelli, este último da Universidade de Siena. A 4 de março de 1971, estes cientistas relataram suas conclusões, que foram publicadas, logo em seguida, em inúmeras revistas de ciência, do mundo inteiro. São elas:
          A Carne é verdadeiramente carne.
          O Sangue é verdadeiro sangue.
          Um e outro são carne e sangue humanos.
          A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB).
          A carne e o sangue são de uma pessoa VIVA.
          O diagrama deste sangue corresponde a de um sangue humano que tenha sido retirado de um corpo humano NAQUELE MESMO DIA.
          A Carne é constituída de tecido muscular do CORAÇÃO (miocárdio).
          
                    A conservação destas relíquias, deixadas em estado natural durante séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.
                     Fica-se estupefato diante de tais conclusões, que manifestam de maneira evidente e precisa a autenticidade deste milagre eucarístico.
                     Antes mesmo de as darem a conhecer de modo oficial, os peritos, no fim de sua analises, enviaram aos Padres Franciscanos de Lanciano o seguinte telegrama: “Et Verbum caro factum est” (E “O Verbo se fez carne.”) Telegrama este, que é uma declaração de fé.
                     Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas!
                     Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.

Quinta Feira Santa: A instituição da Eucaristia na Ultima Ceia



                   "Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo". Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: "Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos em remissão dos pecados. Digo-vos: doravante não beberei mais desse fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no Reino de meu Pai". (Mt.26, 26-29).

                   Que mais poderia nos ter dado Jesus ? Fez-se comida e bebida para podermos participar eternamente da sua própria vida. Desceu do mais alto dos Céus assumindo a substância do pão e do vinho para elevar-nos ao convívio de Deus.
                   O sacerdote católico recebeu a grande glória de poder emprestar sua laringe e suas mãos ao Divino Mestre, para que, sobre o altar, se opere um dos maiores milagres -e o mais frequente deles- da História da humanidade: a Transubstanciação. Quer dizer, a substância pão e a substância vinho cedem lugar à substância Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
                      De fato, pela nossa inteligência, jamais chegaríamos a penetrar nesse mistério tão sagrado. Nem sequer os demônios, que, embora decaídos, são de natureza angélica, e portanto superior à nossa, conseguem discernir nas aparências do pão e do vinho o Homem-Deus. Só mesmo a Fé nos faz penetrar nesse mistério sagrado.
                      Ao comungarmos, nós nos assemelhamos a Maria, por momentos, possuindo o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus em nossas entranhas.
                     Peçamos a Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento a graça de crescer ardorosamente na devoção Eucarística, e de jamais perdermos a oportunidade de comungar com toda a fé, esperança e amor.
                   

23 de março de 2016

O apostolado depende da vida interior



          O testemunho de vida dos Arautos do Evangelho tem despertado num número cada vez maior de pessoas o desejo não apenas de beneficiar-se das graças que a Divina Providência tem dispensado por meio desse apostolado, mas de serem elas mesmas anunciadoras da Boa Nova, com as características próprias à espiritualidade e ao carisma da instituição .
          Surgiram assim os Cooperadores nas diversas cidades e nações onde essa ação evangelizadora tem se manifestado.
          Leigos casados ou solteiros que vivem no mundo, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas, leigos de vida consagrada ou membros de outras associações ou movimentos apostólicos, os Cooperadores dos Arautos do Evangelho, além de observarem os preceitos e deveres próprios a seu estado, esforçam-se por viver em conformidade com o carisma e a espiritualidade da Associação, dedicando a ela seu tempo livre e se comprometendo a cumprir certas obrigações.
          Os Arautos do Evangelho, colocando-se a serviço da Igreja, anunciam o Evangelho a todas as classes sociais, atuando nas paróquias, lares e escolas, nos mais variados ambientes profissionais, culturais e esportivos, na televisão e no rádio, nas favelas, hospitais, asilos e presídios, e em todo lugar onde lhes seja possível levar uma palavra de consolo, de ânimo ou de esperança.
          Na medida em que seus deveres de estado e seu modo de vida o permitam, os Cooperadores também se engajam nessas atividades, orientados por aqueles que os superiores designem para tal.
          Desejam aplicar à sua vida no mundo - em seus círculos familiares, em suas atividades sociais e em seus trabalhos profissionais - o espírito e os ensinamentos dos Arautos do Evangelho, sendo para seus próximos testemunhas de Cristo pela palavra e pelo exemplo.
          Entretanto, como qualquer arauto do Evangelho, sabem que todos os seus esforços serão estéreis, se seus os corações não estiverem intimamente unidos a Jesus e a Maria, pois a vida interior é a alma do apostolado. Só com uma vida espiritual muito fervorosa é possível ter verdadeira sede de almas.
          Eis aqui o cerne de seu carisma: dar testemunho da beleza, do esplendor da verdade e da virtude, ser símbolo da bondade e grandeza infinitas de Deus, transmitindo em todas suas manifestações uma nota de solenidade e pulcritude.


           Aprofundando este tema da importância da vida espiritual bem levada para que hajam abundantes frutos na conversão das almas, o sacerdote arauto Pe. Carlos Tonelli, brindou os membros do Sodalício de Nossa Senhora da Saúde em brilhante palestra realizada na semana passada. A exposição foi precedida pelo atendimento de confissões e pela celebração da Santa Missa, e terminou com um convívio muito entusiasmado entre os participantes.

22 de março de 2016

As glórias de São José



            No último Sábado, os cooperadores do Sodalício de Nossa Senhora da Saúde, da capital paulista , puderam apreciar interessante palestra proferida pelo sacerdote arauto Pe. François Bandet.
           O religioso teve oportunidade de colocar em destaque a impressionante figura de São José, Patrono da Igreja Católica, esposo da Santa Mãe de Deus e pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua festa se comemorava neste dia.
           Entre outras benemerências do Santo Patriarca, o palestrante salientou as inúmeras glórias que se lhe podem atribuir, entre as quais elencamos algumas:
           - Ter sido escolhido para ser esposo da Mãe de Deus e pai adotivo do Filho de Deus.
           - Ter sido recusado nas hospedarias e casas de Belém no momento mais augusto da História, em que nasceria o Salvador da humanidade.
           - Por sua pureza, santidade e sabedoria ter sido proporcionado à santidade de sua esposa virginal.
           - Sua maravilhosa condição de protetor do Divino Infante, que é Deus.
           - Ter conduzido o Menino Jesus em seus braços.
           - Modelo de devoto da Santíssima Virgem, adorando ao Menino Deus no ventre virginal de sua celestial esposa.



18 de março de 2016

São José, Príncipe da Casa de David e Operário



                 Dia 19 de março, Festa do Esposo da Virgem Maria e pai adotivo do Menino Deus.       
                 Conheça pormenores sobre este grande santo, figura ímpar do gênero humano.


Acesse aqui:

8 de março de 2016

Maria nos planos de Deus



           Depois de uma semana com diversos feitos apostólicos, os cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, da capital paulista, puderam assistir mais uma instrutiva palestra proferida pelo arauto Sr. Antonio de Oliveira Queiroz. A reunião foi precedida por uma Celebração Eucarística, abrilhantada pelo coral "Regina Angelorum".
           O tema exposto: "Maria Santíssima nos planos de Deus", agradou a todos e que teve como base o resumo que apresentamos a seguir:
           Entre o Padre Eterno e a criação existe o Homem-Deus: inteiramente Deus, como as outras Pessoas da Santíssima Trindade; tão homem quanto cada um dos descendentes de Adão. Resta, contudo, um tal abismo separando Nosso Senhor Jesus Cristo das demais criaturas, que a pergunta se impõe: na ordem das coisas não deveria haver um outro ser que, ao menos de algum modo, preenchesse esse hiato?
            Ora, a criatura chamada a completar esse vácuo no conjunto da criação, a criatura excelsa, infinitamente inferior a Deus, mas ao mesmo tempo insondavelmente superior a todos os Anjos e a todos os homens de todas as épocas — é precisamente Nossa Senhora.
            A Virgem Santíssima é para Deus Padre a mais eleita das criaturas, escolhida por Ele, desde toda a eternidade, para ser a Esposa de Deus Espírito Santo e a Mãe de Deus Filho. Para estar à altura dessa dignidade, Maria havia de ser a ponta de pirâmide de toda a criação, acima dos próprios Anjos, elevada a uma inimaginável plenitude de glória, de perfeição e de santidade.
            Por isso Dante, na Divina Comédia (que alguns dizem ser a Suma Teológica de São Tomás de Aquino posta em verso), depois de ter passado pelo Inferno e pelo Purgatório, percorre os vários círculos dos bem-aventurados no Céu. Quando chega no mais alto coro angélico, ou seja, no píncaro da mansão celeste, o Poeta começa a divisar a glória de Deus. É uma luz difusa, que seus olhos não conseguem sustentar.
            Ele repara então num outro ser que está acima dos Anjos: Nossa Senhora. A Virgem Santíssima lhe sorri, e Dante contempla nos olhos d’Ela o reflexo da luz de Deus.
           Acabou-se a Divina Comédia. O olhar humano fitou o olhar puríssimo, o olhar sacratíssimo, o olhar sumamente régio, o olhar indizivelmente materno de Nossa Senhora. Tudo então está consumado: a Divina Comédia termina na mais alta das cogitações humanas.
           Nossa Senhora é o grampo de ouro que une a Nosso Senhor Jesus Cristo toda a criação, da qual Ela é o ápice e a suprema beleza.” 
 (Corrêa de Oliveira, Plínio. Conferência em 7/2/1971)