6 de fevereiro de 2014

Os mártires de Nagasaki



           A palavra Nagasaki traz logo à memória a arrasadora bomba atômica lançada contra ela  no final da Segunda Guerra Mundial. Poucos sabem, entretanto, que esta cidade  foi também palco do heróico  testemunho de numerosos mártires da Fé.

              A evangelização do Japão teve início em 15 de agosto de 1549, quando São Francisco Xavier pisou pela primeira vez o solo nipônico e começou a perfumá-lo com o odor de suas virtudes e dons admiráveis.
              Inicialmente os jesuítas, e, algumas décadas após, os franciscanos, empreenderam com vigor e coragem a obra da salvação dos gentios japoneses. Empolgantes lances e dolorosas decepções, a par de conversões espetaculares, acompanharam passo a passo esses valentes soldados de Cristo. Em menos de meio século, eram já cerca de 300 mil cristãos no Império do Sol Nascente, e esse número tendia a aumentar cada vez mais.
              Porém, a missão progredia em ambiente hostil à Fé, num país conturbado pela guerra civil...Começou a perseguição e o martírio de cristãos...

          Os 24 prisioneiros foram reunidos numa praça pública de Kyoto, onde os algozes cortaram a orelha esquerda de cada um deles. Em seguida, transportaram-nos, cobertos de sangue, em pequenas carroças, para serem escarnecidos pela população.
           Porém, as rudes carroças da ignomínia transformaram-se em tribuna de glória. No trajeto de Kyoto a Nagasaki, os mártires eram recebidos em triunfo pelos fiéis das aldeias católicas.
           Inumeráveis e comoventes conversões se deram ao longo dos caminhos e dos lugarejos por onde passaram.
           No dia 8 de janeiro de 1597, o senhor feudal Hideyoshi assinou o decreto de condenação à morte desses 24 heróis da Fé, por motivos exclusivamente religiosos. A eles se juntaram mais tarde dois outros que os haviam acompanhado no trajeto.
              Ergueram-se, então, 26 cruzes numa colina perto de Nagasaki.
              Na manhã de 5 de fevereiro, a caminho do local do suplício, o catequista João de Goto viu aproximar-se seu venerável pai. Como despedida, vinha ele demonstrar ao filho como não há coisa mais importante do que a salvação da alma. Após estimular o jovem a ter muito ânimo e fortaleza de alma, exortando-o a morrer alegremente, pois morria a serviço de Deus, acrescentou que também ele e sua mãe estavam dispostos a derramar o sangue por amor de Cristo Jesus, se necessário fosse.

                                      A graça do martírio atrai os cristãos japoneses.

   
              Chegando ao alto da colina, os 26 mártires foram fortemente amarrados nas cruzes preparadas com antecedência. Em torno deles aglomeravam-se cerca de quatro mil fiéis, muitos dos quais querendo ser também crucificados! Um problema inesperado para os embrutecidos soldados pagãos, que foram obrigados a usar de violência para... poupar a vida desses cristãos tão profundamente tocados pela graça do martírio...

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